"Conte-me e vou esquecer.
Mostre-me e vou lembrar.
Envolva-me e vou entender"
Autor desconhecido
Depois de uma passagem relampago por Delhi, onde novamente pude perceber como sou "bicho do mato". Nao me sinto a vontade em cidade grande, com tanta poluicao, barulho, transito e todos os demais problemas dessas cidades. Delhi eh a tipica Sao Paulo do nosso Brasil na India, porem mais populosa e desordenada. Por mais que eu tenha amigos e casa para ficar, o tempo passa e agora mais e mais restrito, logo sinto uma vontade louca de fugir dessa "selva de pedra".
E assim segui para encontrar meu amigo tibetano Jamyang, um ex-monge que conheci em Dharamsala e um doce de pessoa e muito figura, que ate me lembra um amigo de Sampa no seu jeitinho de ser. Jamyang tem 29 anos e com um jeito de menino, de tanta pureza. Fui conhecer o monasterio onde ele estudou e vivsitamos uma linda e grande vila tibetana nos arredores de Dehradun.
Para as familias tibetanas eh costume sempre enviar o filho ou filha mais velhos para o monasterio, pois eh onde se tem a oportunidade de receber bons estudos, aprendendo adequadamente a filosofia e demais assuntos, sem nenhum custo finaceiro. As vezes as familias enviam mais de uma filho quando ha disponibilidade nas escolas monasticas. Afinal todas as familias tem o direito de serem beneficiadas. Eh de praxe, o sempre pensar no proximo, deprovido de ideias egoistas.
Alguns continuam a vida monastica, creio que a maioria, outros como meu amigo Jamyang, optam pela vida livre e retornam a vida comum, porem com uma otima bagagem de estudos espirituais e filosoficos, com boa conduta e um comportamente refinado.
Apos sair do monasterio ele ainda trabalhou em outro monasterio como professor por 5 anos e agora busca uma oprtunidade de ir para o exterior para ensinar tibetano e tudo que aprendeu.
Os dias que passei com esse amigo, foram muito bacanas e saber mais sobre a cultura do Tibet. Compartilhando essa energia pacifica e compassiva que tanhto amo nesse povo.
A India me permitiu conhecer melhor tanto o hinduismo, como o budismo, como os muculmanos e demais vertentes. Percebo o valor de cada qual e com o olhar, mente-coracao, bem abertos e receptivos para o que tem melhor a me oferecer. Outro fato eh tambem ir alem da religiao em si e estar no dia-a-dia com o povo, mas como testumunha que nao se envolve com nenhum tipo de fanatismo.
Essa eh a grande experiencia da vida, o presenciar como eh, o fato de ir alem dos livros e ver na propria vida a realidade do que eh e como eh. Ao se relacionar e interagir com cada costume. Eh isso que gosto, ser como camaleao que assume as diversas facetas e se adpata a qualquer ambiente, conforme o que se apresenta. Assim posso ser hindu, budista ou que quer que seja e ao mesmo tempo nao ser nada disso.
Como ser yogi, como ser religiosa, como mser filosofa, como ser cientista ou artista? Afinal sou apenas uma mera aprendiz, aprendendo...
Com essa humilde conduta, tudo flui e as portas se abrem me oferecendo conhecimento, alimento, estadia e afeicao. Eh a imensa troca que enriquece o ser! Eh na troca que se ve as sombrar e se aprende a luz das virtudes.
Bem....
Em Dehradun, ainda subi as montanhas ate o chique vilarejo de Mussorie, ponto de resorts e turismo de ricos indianos.
Ja a vila tibetana eh super organizada e limpa, impecavel. Tem varios monasterios e uma imensa estatua de Buddha e tambem a maior stupa que ja vi, com 108 metros. Stupa representa a mente cosmica, a mente do Buddha, simboliza a conexao com essa energia primordial e suprema.
Eh um tipo de mausoleu construído em forma de torre, circundada por uma aboboda e um ou vários chanttras (toldos de lona). Originalmente era um monumento funerário de pedra onde se colocam os restos mortais do mestres. Eh uma representação arquitetonica do cosmo. O acesso a ele é feito por meio de um arco pu porta, ricamente adornado com esculturas.
Sabe o que eu acho mais interessante, eh que as caveirinhas desenhadas representando a superaco da morte, aparecem sorindo ;)
Foi um passeio e tanto, num dia especial e feliz, porque chegamos bem na hora do puja, com solenes reverencias e oferendas. Quando der coloco tambem o video com um trecho da energia dentro da imensa e grandiosa stupa. Incrivel!
A palavra tibetana para definir Stupa eh Chorten, que significa "base de oferendas". Eh um simbolo da mente iluminada (mente que acordou do sono das delusões) e caminha da realização completa da iluminação! Se tivessemos que usar duas palavras pra definir uma Stupa, usaríamos monumento espiritual! A Stupa representa o corpo, fala e mente de um buda, mais especificamente sua mente, e estágios da iluminação, cinco elementos do corpo e natureza.
O impacto visual que uma Stupa causa em nos, traz experiência direta que nos leva a despertar para o caminho espiritual, elas continuam a ser construídas pela sua habilidade de liberar a mente das pessoas pela sua simples visualização!
Cada Stupa contem pelo menos tres reliquias , ha certos mantras que tem que ser postos para se abençoar o local da Stupa, seus poderes sao para ajudar as pessoas a reunir méritos. Isso se alcanca quanto se caminha no sentido horario ao redor da Stupa, em atitude meditativa e reflexiva, entoando mantras sagrados, o que traz grande beneficio individual, aliviando e purificando dos karma negativos, aflições, temores, etc.
Na volta, caminhando pela rua, descobrimos um ashram do Osho. Pedimos informacoes no centro e recebi o chamado de passar uns dias la! Eita surpresa boa, porque toda a vez que penso em ir a Pune, algo rola no caminho e nao vou. Enfim tudo tem sua hora! Eh porque Pune tem o maior centro do Osho... porem, aqui nos pes dos Himalayas esta bom demais! Melhor que tudo... ;)
Aqui sigo, vivendo entre essa energia India-Tibet!!!
Viva a vida!!! Aqui e gora...
Beijinhos
ka
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