Um vislumbre por todos os espaços do ashram e uma avaliação do que fiz ou deixei de fazer, de todo o meu comportamento na sintonia com o conhecer, o fazer e o devotar... O caminho espiritual é o que conduz ao caminho do amor divino: PREMAM! Essa é a libertação: kaivalya!
Uma despedida sem porquê, afinal despedir-se de quê se está tudo AQUI? O ashram eu carrego aqui dentro do templo-corpo e a prática-meditação é o culto que me conecta com a divina presença, com tudo o que já é!
Assim não há separação, há apenas a percepção entre 2 mundos, ou melhor, um mundo só, em que a dualidade se apresenta para nos encaminhar no caminho de volta ao que sempre fomos e nunca deixamos de SER!
E na benção dos mestres segui o caminho, feliz e satisfeita, porém querendo mais! Sempre queremos mais daquilo que é prazeroso enquanto rejeitamos o que é desagradável. E é essa a sabedoria, contemplar esses ambos aspectos do mundo e equânime apenas co-existir e agir conforme a dança mágica do ser.
Com a Tereza e a Gil caminhei, atravessei os grandes portões do ashram com essas 2 doces flores que lá conheci e um rapaz que também estava de saída. Na grandeza abençoada um carro chique também saia e parou, a carona rolou e entre boas conversas e silêncios. Logo me deixaram na estação de trem na cidade que fica a 1h30 de Puri. OM TAT SAT OM!
Uma ponte entre os mundos...
"Como é maravilhoso que ninguém precise esperar um momento específico para começar a melhorar o mundo. "
Anne Frank
Apenas testemunho o mundo como uma moeda com suas 2 faces distintas. O segredo de atravessar essa ponte entre os mundos de ilusória diferença e dualidade é reconhecer que se está além destes pólos opostos entre o dia e a noite, ou ainda entre o mundo de cá e o mundo de lá!
E agora é continuar para perceber como se manifestar dentro do imanifesto, entre o vísivel e o invísivel, a pura luz da consciência habita e lá reside o SER REAL. Bem que os mestres sempre alertaram: "Estar no mundo sem ser do mundo!"
Desafios... o campo e o conhecedor do campo... estudo eterno no dentro-fora!

Chegamos em Bhubaneshwar, lá o amigo Chinmaya, irmão espiritual (é assim que chamamos as pessoas que estão no caminho, na busca e no reencontro, ainda mais sendo da mesmo pai-mestre). Super querido, logo me auxiliou a ir até a casa da amiga Jyotshna que já havia me convidado a ir a sua casa, onde lá recebi um delicioso jantar.
O mais incrível é que tudo foi acontecendo de tal maneira que nada paguei e tudo fluiu! Sai do ashram numa energia de abundante guanercimento e assim segui agradecida aos seres de luz por estarem a meu lado me proporcionando tudo que necessitava.
Mais "despedidas" dos novos(as) amigos(as) indianos(as)... Daquele jeito solidário, prestativo e hospitaleiro que me nutre mais ainda de amor e bem-querer por essa terra sagrada. A saudade já bate no peito e eu nem fui embora daqui... ai, ai... Páro, respiro e observo tudo acontecer!
A prática do viver com todos esses aprendizados é mesmo como nascer de novo! E eu agradeço por cruzar a ponte a cada maravilhoso momento...
OM TAT SAT OM
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